sexta-feira, 4 de março de 2011

Jornalismo: uma questão de ética

Cabe ao jornalismo promover a humanização, tornando o homem melhor. Sabe-se que os meios de comunicação não são absolutamente imparciais e inofensivos, cumprindo sempre uma função, seja positiva ou negativa. O debate sobre os limites éticos que devem reger a produção e a transmissão das informações necessita ser atualizado sempre, pois não trata-se de uma preocupação infundada. Outra implicação ética importante refere-se à formação das nossas crianças e jovens. Submetidos à uma programação que destaca apenas o consumismo e a disputa como valores fundamentais para a vida humana, provavelmente não terão a oportunidade de conhecer valores referentes à formação humana e que levam em consideração o compromisso, a solidariedade e os sentimentos ligados ao bem estar do homem.
Nesse processo de discussão da ética no jornalismo, é importante ressaltar a idéia defendida pelo jornalista Claudio Abramo de que a “ética é uma só”. Não existe, então, ética do jornalista, ou mesmo ética do advogado, existe a ética do indivíduo, do cidadão. O jornalista, entretanto, está mais ligado à essa questão por trabalhar diariamente com a transmissão de notícias, em que a verdade deve ser sempre preservada. É papel do jornalista informar a sociedade, pautando-se sempre na responsabilidade, respeitando as diferenças e a diversidade, estimulando a solidariedade, promovendo a cidadania e combatendo toda a forma de sensacionalismo e banalização da violência e do sexo. Fazer a democratização da mídia é pois, o maior desafio ético posto diante do jornalismo brasileiro hoje.

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